sexta-feira, 22 de agosto de 2008

Tolerância Zero #01

Aceitei que estou cada dia mais ranzinza, anti-social e amando cada momento disso... vai passando o tempo e só pioro como pessoa. O título desse post não foi escolhido ao acaso. Como quase diariamente sinto vontade de assassinar alguém (depois posto a lista das formas inusitadas que já pensei), achei que seria interessante numerar pra ver até onde a estupidez humana pode chegar.

O 100 (Pça XV-Niterói) que já não é uma maravilha, estava a prórpia stairway to hell ontem. Como se já não bastasse o paraíba nojento sentado atrás de mim que arremessou uma lata de coca-cola sem o menor pudor pela janela (saudades do tempo em q só tinha 100 com ar... depois o barraco dele alaga quando caem 03 pingos de chuva e ele vai pra o RJ-TV falar mal da prefeitura), o trânsito caótico, o pulha que se achava O bem-te-vi do novo milênio e foi assobiando da Pça Mauá até Niterói (ainda bem que o som abafa na ponte), eis que estou passando nas proximidades do terminal rodoviário atrasada (lógico) e não resisti ao chamado das profundezas do inferno:"Amendoim, 05 é um real, 05 é um real". Era aquele lá de nits que tem o desenho de um chinezinho freak, mas até que é gostosinho. Qualquer pessoa submetida constantemente à tensão como eu não resiste a essas comidinhas pequenas e em grande quantidade... acalma, dá um alento na alma. Só que o mínimo de consciência que ainda existe em mim, sussurou: "Só 01, gorda!". Resolvi aceitar o conselho que me dei.

"Moço, um só é quanto?"
"Cinco é 01 real."
"Tá, mas eu quero um só... só um sai quanto?"
"Um não vende"
"Como assim?" o.O
"Ué, não vende... se quiser é cinco..." - Com uma atitude terrivelmente pedante.
"Cara, pode fazer um por R$0,50, não tem problema, é o preço por aí... é pq queria um só mesmo"
"Não, um eu não vendo não"
"Moço, pelamordedeus. CINCO SÃO 01 REAL, VOCÊ ME VENDE UM POR r$0,50, É JOGO PRA O SENHOR"
"Ô GAROTA, EU JÁ FALEI QUE UM SÓ EU NÃO VENDO!!!"

O negócio foi tão absurdo, que nem consegui mandar o homem tomar no cu - o que seria o meu procedimento padrão. Achei graça da mediocridade daquela criatura. Em outros tempos sentiria pena, agora me entretém. Ofender um sujeito que está parado na terra do chocolate - lá sempre tem as mercadorias do momento, que vão mudando... já teve jujuba, o prórprio amendoim, torrone, paçoquita, halls - onde NÃO TINHA UM OUTRO CORNO MALDITO vendendo um amendoim no meio daquele mar de suflair, galak e doçuras em geral, o espertão vende abaixo do valor de mercado (R$0,50 nos melhores camelôs) e se recusa a vender avulso por uma margem de lucro maior (gracinha de "caloura" de economia) só me traria mais energias negativas.

Andei mais umas quadras e comprei o amendoim de uma tiazinha simpática (sim, porque agora era questão de honra) e 01 coca-cola, cuja lata foi devidamente dispensada no lixo ao término.

Detalhe: o amendoim custou R$0,50.

3 comentários:

Fabio Ferreira disse...

eu quero parar de rir, miguxa...

Unknown disse...

Do jeito que eu to.. Sentava a mão na fuça dum babaca desse... GRRRR!

¬¬

Nandoca disse...

Pior é que consigo visualizar PERFEITAMENTE a cena! ahhshsahahhshaha